Estou devendo e atrasada demaaaais esse texto, mas agora vai a continuação do post Road Trip: De Orlando até New Orleans, a cidade mais mal assombrada dos EUA!
Comentei no primeiro post que fiz essa viagem no meio do meu programa da Disney. Você tem a oportunidade de viajar durante um mês após o fim do Disney ICP (ou CEP), mas as minhas aulas já teriam voltado e a solução foi viajar no meio dele. Eu achava que conseguiria ir pra Califórnia ou Nova York, mas acabei indo pra estrada com meus dois melhores amigos pra realizar o sonho de um deles, o Antonio, que era conhecer New Orleans.
Mais de 10 horas de carro, 4 dias de viagem e muita saudade.
O primeiro dia foi só de estrada, arranjar um hostel, dar uma volta pra conhecer a noite de New Orleans, comer beignets no famoso Café du Monde localizado na French Quarter, e eu esqueci de uma coisa!!! Nós jantamos no Clover Grill na Bourbon Street, desde 1939 e decorado ao estilo anos 50, o filme “O Curioso Caso de Benjamim Button” teve uma cena filmada lá. Tiramos uma selfie e uma família que estava comendo por lá se animou e quis sair também! hahaha
Se você está com os dias contados e tem uma lista do que deseja conhecer, é bom você planejar antes a sua viagem para conseguir fazer tudo o que tem vontade. Ou então, mesmo com os dias contados e corridos, você pode fazer igual a gente e ir no esquema do “só vai!” hahaha
Nós pegamos o mapa no hostel mesmo e fomos lendo o que tinha de legal, o que queríamos conhecer e fomos decidindo na hora o que faríamos. A gente andava e se tinha alguma coisa legal que chamava atenção, a gente entrava hahaha Quem mais ficou com o mapa foi o Antonio, então era só aventura rs.
No segundo dia nós acordamos, tomamos café da manhã na rua, fomos olhar as lojas na Canal Street (ERA CADA VITRINE $$$$$!). O transporte público é ótimo, é um bondinho tãaaao gracinha que era divertido demais andar nele rs. Para não ficar gastando com gasolina e estacionamento, nós compramos um passe de 3 dias que a gente podia andar quantas vezes quiséssemos de transporte, pagamos menos de USD10. Foi ótimo, principalmente porque tinha um ponto de ônibus há 5 minutos do nosso hostel.
Bom, de dia New Orleans deixou de assustadora para mim e se tornou puro charme. Mesmo assim, a cada esquina você sentia algo diferente. Não dá para negar, principalmente por ser cenário de diversos seriados, filmes e livros sobrenaturais.
Depois fomos para o Riverwalk – Marketplace. Lá entramos no Outlet, conhecemos o Rio Mississippi e fomos decidir o que faríamos depois. Lá você também consegue comprar diversos tours, entre eles o mais famoso: Ghost Tours! Imagina fazer um tour assim pela cidade mais mal assombrada dos EUA?! Falo mesmo: não tive coragem não!!! rs Queria sobreviver até o final do meu programa e eu, do jeito que sou, não iria dormir mais naquele lugar hahaha
Mas quando víamos um desses tours pela rua, a gente chegava perto pra escutar alguma coisa e saíamos rs.
Outra coisa legal de se fazer é atravessar o Rio Mississippi de barco. Esse eu estava com muita vontade de fazer, mas ia tomar um tempo do nosso dia e não estávamos dispostos a trocar as outras coisas para andar de barco. Mas as saídas acontecem a cada 30 minutos e são gratuitas!
Uma coisa que eu amei foi ficar olhando o Rio Mississippi, que termina justamente em New Orleans. É o segundo rio mais longo dos Estados Unidos, superado somente pelo Missouri.
New Orleans me surpreendeu, principalmente por nunca ter imaginado um dia conhecer. O site Viaje Aqui descreve bem:
“Uma cidade singular. Cativante, marcante, sedutora em seu espírito risonho. Tudo próprio de uma terra que é uma encruzilhada de diferentes mundos que se colidiram para se transformar num dos melhores destinos turísticos dos Estados Unidos. Nova Orleans, capital da Luisiana, é uma América um tanto diferente. Das raízes francesas, com toques caribenhos e forte influência negra, floresceu uma cultura que nos brinda com uma cozinha espirituosa e familiar e uma musicalidade pouco vista em outros lugares do mundo.”
Em seguida fomos andar pelos museus. Entramos em alguns, mas antes vimos uma galeria que chamou nossa atenção e estava aberta. Entramos e ficamos surpresos com as artes de vidro.
Olha, pra ser bem sincera, eu não lembro de uma vez que paramos para almoçar hahaha A gente ia andando, andando e andando que nem percebíamos as horas. No programa a gente já se acostuma com um intervalo grande entre uma refeição e outra, então era aquele e$quema de juntar o almoço e a janta em um horário bom hahaha Outra dica é andar com uma garrafinha de água e pronto, se der então passar em um mercado e comprar algo pra ficar na bolsa.
Enfim, continuando… Encontramos essa parede INCRÍVEL e foi de se pensar.
Sabe aquele momento em que você fica olhando e pensando em como deve ser a história de cada pessoa que passou por ali?
Será que alguma delas já conseguiu realizar o que escreveu?
Será que aquela pessoa amou e foi amada?
Será que teve coragem de sair do emprego?
Será que a mulher ou o homem que escreveu “marry him” conseguiu se casar com ele?
Quando eu vi “Travel The World” fiquei pensando em quantas pessoas tem a mesma vontade que eu.
Em quantas que ainda estão esperando uma oportunidade para largar tudo e ir viajar.
Em quantas ainda estão criando coragem.
Ou estão indo aos poucos, um passo de cada vez, até não parar mais.
Depois nós fomos parar na famosa Bourbon Street, a rua que fica no coração do bairro mais antigo de New Orleans, French Quarter.
Ela é maravilhosa. Muita música, bares, luzes e pessoas de todos os estilos.
Ficamos encantados. Andamos até não aguentar mais. Sabe aquelas cenas de filme americano? Não tinha como não se sentir em um! Era tudo que eu via somente pela tv acontecendo na minha frente… e eu vivendo tudo isso.
Ah, esqueci de comentar, no segundo dia eu, Antonio e Rafael já estávamos de saco cheio um do outro hahhahaha <3 Era engraçado, a gente mesmo se zoava, não dava pra saber quem era mais insuportável (meio óbvio que era o Antonio mas ok…).
E claro, entramos na famosa loja da Rainha do Voodoo… Quem já assistiu American Horror Story vai entender o que eu senti nesse lugar rs.
Dizem que toda construção no French Quarter tem uma história de um fantasma u até mesmo um habitante (sim, fantasma).
Uma das histórias mais famosas é de Julie, uma jovem de origem creoule, que se apaixona por um homem francês. Por causa dos preconceitos da época, o casamento entre eles não era permitido. Ela o queria muito, mas ele sempre recusava o seu pedido para ficar juntos. Ele disse que iria jogar cartas com os amigos e enquanto isso ele fez uma oferta. Como prova de amor e de que ela poderia enfrentar o preconceito, caso se unissem, Julie deveria ficar uma noite de inverno nua no telhado da casa onde ela morava até que ele terminasse de jogar. Ele nem imaginava que ela fosse aceitar, mas ela imediatamente fez o que ele pediu.
Quando ele voltou, horas depois, encontrou morta no telhado, congelada pelo frio.
Essa é uma das histórias que contam em NOLA e dizem que, em Dezembro, é possível ver o fantasma de Julie no telhado da sua casa a espera do seu amor…
Eu sempre digo que é cada esquina uma história, mas em New Orleans é em cada construção mesmo.
Em seguida fomos para o French Market, um mercado com um pouco de tudo, principalmente com a culinária incrível.
Muita comida, artesanato e souvenirs. Fomos comer por lá, pena que eu não lembro o nome do restaurante 🙁 Fomos super bem atendidos e o garçom ria demais da gente. Ele foi tãaao gente boa! O Antonio pediu carne de jacaré, encheu o saco para dividirmos isso e eu não quis. Ainda bem, nem era tão boa assim! rs
Antes disso, fomos em uma loja e comprei um doce chamado Praline, uma DELÍCIA que tive que comprar pra trazer pro Brasil. É uma receita French Creole. Como não tirei foto, peguei uma do google mesmo pra vocês verem haha
Nessa mesma loja que eu comprei o doce, o Antonio provou algo típico que eu nem lembro mais o que era, só sei que de tão apimentado ele teve que assinar um TERMO DE RESPONSABILIDADE hahaha
Depois do Antonio sobreviver, nós fomos para a nossa última visita da noite, uma feirinha de arte que foi mais um achado da nossa viagem.
Cheia de luzes e coisas incríveis.
Para finalizar o dia, nós queríamos curtir um pouquinho o hostel então decidimos ir embora. Antes, passamos em um mercadinho para comprar um vinho e um salgadinho para comer. Fomos para o hostel e ficamos conversando e bebendo, conhecemos um pessoal super bacana. Umas meninas ficaram muito tempo conversando com a gente e até passou o facebook, depois fomos com um outro pessoal sentar lá fora, perto da piscina, e eu não lembro MESMO de onde eram. Só sei que foi bacana ver que o pessoal estava na mesma que a gente, só indo!
No hostel tem um lugar para deixar a sua marca e lógico que deixamos a nossa <3
No dia seguinte fomos conhecer o Garden District e suas mansões, entre elas a casa da escritora Anne Rice. Fomos também no Louis Armstrong Park e saímos para passar a noite nos bares da Bourbon Street com muito jazz. Entramos em diversos bares, dançamos e rimos demais em um bar no qual um casaco de pelo fez um mega sucesso. Juro, foi coisa de filme: cada um que vestia esse casaco dançava de uma maneira diferente e entregava para outra pessoal, que fazia o mesmo e ia repassando. A turma estava rindo tanto e se divertido que a gente entrou nessa, mas só o Antonio teve coragem de vestir o casaco hahaha.
Bom, o texto já ficou MEGA longo e o terceiro dia vai ficar para o próximo. O quarto dia foi somente a volta, mas teve visita no cemitério, então vai entrar junto também!
Muitos me perguntaram os valores da viagem, então aqui vai o que eu lembro! rs
– Hostel: USD80 por noite/por pessoa (era o mais caro, pois pegamos um quarto privado para nós 3 com banheiro exclusivo, dá para conseguir bem mais barato);
– Carro: Não lembro mesmo gente, mas sei que foi mais caro por causa que o rafa era menor de 25 e aquelas taxas, mas depois confirmo com um deles!
– Transporte público: compramos o passe de 3 dias, podíamos andar quantas vezes quiséssemos e não foi mais caro que USd10;
– Gasolina: USD40 para cada no MÁXIMO! Nós abastecemos poucas vezes, de verdade. E só ficou mais caro porque estávamos em 3 para dividir, se você for em 5 sai tudo bem mais em conta, inclusive o aluguel do carro.
Nós não gastamos muito com comida, a gente tomava um café da manhã bem reforçado e aguentava até aquele horário que ficava pra almoço e janta hahaha mas gastávamos bem no jantar.
Não compramos nada de atração além dos museus que eram menos de USD10.
A viagem saiu mais cara mesmo porque não foi planejada financeiramente rs
Sugiro você programar uma road trip com 5 amigos, que sai tudo bem mais em conta por causa da quantidade de pessoas que vão dividir, e aí você vai acabar gastando USD600 no máximo! Lembro que não chegamos a isso porque eu mesma não tinha tudo isso para viajar rs
Bom, é isso galera! Aliás, foi no terceiro dia que quebrei o espelho e fiquei num cagassssso porque né, 7 anos de azar é comum, mas na cidade mais mal assombrada dos EUA eu não sabia em quantas vezes isso iria se multiplicar!!! hahahaha
Um beijo nosso para vocês!
-Thay ºoº