Já postei aqui no blog como foi o meu planejamento para conseguir conseguir Nova York em apenas 3 dias. É pouco? Sim. Deu para fazer o que eu queria? Por incrível que pareça, SIM! Mas gastando pouco? SIM, e bem menos do que todos imaginam.
Planejar uma viagem low cost para Nova York não foi tão fácil. Afinal, quem resiste aos restaurantes cinco estrelas e as lojas INCRÍVEIS da Quinta Avenida? Mas tive que focar na experiência e aproveitar a oportunidade de conhecer Nova York dentro das minhas condições que no caso eram: 3 dias inteiros e, no máximo, USD500.
Como contei no primeiro post sobre Nova York, fiquei 4 dias, mas o último nós iríamos embarcar para Orlando e então foi apenas um dia de despedida (e uma visitinha rapinha à Columbia University). Por isso, chamo a viagem de “Nova York em 3 dias”. Parece loucura ir com tão pouco tempo e dinheiro para a Big Apple, mas só de chegar até lá já valeu a pena.
ROTEIRO: OS LUGARES VISITADOS
Já com o roteiro em mãos, ficou muito mais fácil de decidir o que fazer na hora pois já tinha um direcionamento. Mas é claro que muita coisa muda conforme você está viagem: o tempo pode ficar feio e você ter que substituir um passeio, ou você está passando por um lugar legal e acaba entrando. Enfim, o que importa é você já ter em mente o que quer fazer, principalmente em uma viagem low cost e de curto prazo.
Confira no mapa abaixo os lugares visitados!
Já adianto duas coisas: nesse roteiro não tem indicação de lojas e restaurantes. Além de não ter tempo para sentar e comer (muitas vezes a gente sentava no máximo 20 minutos e já ia andando com a comida, ou comíamos na rua), nosso foco não foi comida e nem compras, e sim passeios. Eu vou resumir o que fizemos, mas em breve vou publicar um roteiro de cada dia.
Chegamos em Nova York bem cedo, antes das 7am, e por isso tivemos o dia inteiro para aproveitar. Estava um frio de chorar, mas era N O V A Y O R K! Ficamos hospedadas no HI New York City Hostel (Upper West Side), que foi incrível e terá um post só sobre a acomodação por aqui logo menos. Era tão bem localizado que ficava a nem 10 minutos do Central Park!
Eu já tinha combinado de encontrar uma amiga que morou comigo durante meu trabalho na Disney e ela seria a nossa tour guide durante o primeiro dia. Antes de nos encontrarmos, eu e minha amiga decidimos dar uma volta na rua e ir até o Central Park <3 para conhecer. Eu não sabia se estava mais apaixonada pelo parque ou pelos cachorros que estavam passeando por lá! hahaha
Depois, voltamos ao hostel para encontrar a minha amiga e fomos comprar o MetroCard, o “bilhete único”, que também vai ganhar um post somente para ele de tão eficiente que é rs Compramos direto na máquina do metrô, que por sinal ficava à duas quadras do hostel (menos de 5 minutos), e optamos pelo bilhete que dura 1 semana e você tem acesso ilimitado ao metrô durantes estes 7 dias. Custou apenas USD31 e valeu muito a pena pois andamos somente de metrô e a pé na cidade.
Nossa primeira parada foi no American Museum of Natural History, conhecido pelo filme “Uma Noite no Museu”. O interessante dos museus em Nova York é que, apesar dos preços sugeridos, você decidi quanto quer gastar. Basta chegar no guichê de compra do ingresso e dizer o quanto você quer pagar (sim, é simples). Mas tem que ter consciência de que é assim que eles mantém o lugar funcionando, então fica feio chegar e dizer que não quer pagar nada (apesar de poder). É importante mostrar o respeito à cultura e ao local, além de valorizá-lo. No meu caso, decidi pagar USD5 pelo ingresso (eu mesma sei que foi pouco, mas o dólar estava quase R$4,00 e em uma viagem low cost poder escolher o quanto quero pagar fez toda a diferença).
Em seguida, fomos conhecer alguns lugares conforme íamos caminhando: entramos para conhecer a New York Public Library – a biblioteca mais incrível que já vi; passamos pelo Bryant Park; entramos na incrível catedral de St Patrick (St Patrick’s Cathedral); andamos pela Broadway e Times Square (s o n h o); fomos até a Grand Central Terminal, considerada a maior estação de trem do mundo, e me senti no seriado Gossip Girl e quis fazer a Serena (Impossível não se sentir em um filme ou seriado, aquele lugar tem uma energia maravilhosa). Nosso dia continuou conhecendo também o Lincoln Center, passando pelo Empire State Building, sentindo a tensão da New York Supreme Court, indo até Chinatown para sentir a mistura de culturas que é Nova York. Esse primeiro dia nos surpreendeu e já nos deixou apaixonados pela cidade.
No segundo dia, tivemos a presença de um solzinho para enganar o frio de 10º e decidimos fazer os passeios “principais” aproveitando o tempo bom.
Logo pela manhã, saímos por volta das 7h30 e fomos passear por Wall Street. Em seguida, chegamos no lugar mais marcante: o memorial do 11 de setembro.
O 9/11 Tribute e Freedom Tower (One World Trade Center) traz uma dor em meio aquela cidade apaixonante quando lembramos de tudo o que aconteceu. Não dava para imaginar aquele lugar sendo atingido e ver os nomes das vítimas é chocante. A mensagem que aquele lugar passa para cada um é clara: precisamos de paz. Ninguém nunca esquecerá o que aconteceu e aquele memorial vai continuar para sempre lembrando de tudo o que eles passaram, venceram e, em memória aos que foram, vão lutar pela paz.
Depois de passar pelo memorial, fomos a pé até o lugar em que compraríamos os tickets para visitar a Estátua da Liberdade.
Compramos na bilheteria oficial e recomendo. Antes de chegar até o local fomos parados por alguns vendedores que ofereciam o mesmo roteiro, mas com a diferença de que o desembarque era próximo à Times Square e o valor era USD32. Quem não conhece, pode ser que já compre logo de cara por achar que vai evitar fila e tudo mais. Eu indico que comprem direto na bilheteria oficial, onde você paga USD18 por adulto e USD9 para crianças de 4 a 12 anos. A fila foi super rápida e não demorou nem 30 minutos para o nosso barco sair.
Na volta, fomos tirar a fotinha no Charging Bull, o famoso touro que promete trazer dinheiro, prosperidade e sucesso caso você toque nas bolas dele hahaha. Não custa nada, né? VAI QUE! rs
Em seguida, corremos para seguir em direção ao Top of the Rock. Nós decidimos que este seria o prédio em que subiríamos para ter a vista incrível de Manhattan direto do terraço que fica no 70º andar. Pesquisei em muitos blogs e como minha irmã já foi, indicou escolher o Top of the Rock pois a vista é incrível e não tem grades igual o Empire. Ele fica no prédio GE do Rockefeller Center (complexo de 19 prédios construido pelo magnata John D. Rocefeller nos anos 30) e você consegue ter uma vista privilegiada tanto do Central Park quanto do Empire State.
Nossa ideia, que aliás sugiro muito, é você checar a previsão do tempo antes para ter uma ideia do horário do pôr do sol e chegar antes ao local. Assim você pega a vista clara da tarde, o incrível pôr-do-sol e a noite.
Ao chegar no local, eles tem alguns pacotes (se eu falar tudo aqui vai ficar gigante, então mais um assunto para outro post! rs) e horários em que você pode subir. Por exemplo: Você compra um ingresso das 17h às 18h30, então você tem que subir dentro deste horário e pode ficar até a hora que fechar (não tem horário de saída). Em nosso caso, compramos o ingresso com um combo para patinar no gelo, no famoso The Rink (no próprio Rockefeller Center). Pagamos USD44 pelo ingresso e, graças a Deus, ninguém caiu de bunda no chão, MAS preciso compartilhar uma história (Henrique não me mate).
Eu, minha amiga e os dois primos dela resolvemos patinar no gelo né… Não é nem um pouco fácil como pensamos, mas enfim, depois de muitas tentativas e altas risadas, estava indo tudo certo. Menos com o Henrique, que mal saia do lugar. O pior é que na pista de patinação fica uma plateia assistindo o pessoal e nós, como fiéis brasileiros, não desistimos nunca. Eu, a Leticia e a Janaina andamos, tentamos, rimos e fomos indo devagar. O Henrique também, ia devagar e se segurando na grade. É claro que nós queríamos tirar aquela foto clichê na pista e lá fomos nós buscar o Henrique do canto até o meio. Tudo certo, a Janaina foi puxando e ele ficou parado para foto. Depois disso, já era noite e nós fomos em direção à saída da pista. Eu e a Leticia saímos, entramos no local para tirar os patins e em seguida chegou o Henrique e a Janaina contando a melhor história de todas: todo mundo que estava na plateia é claro que percebeu a dificuldade do Rique durante a patinação, ele mal saiu do lugar. E então, na hora em que a Janaina estava saindo com ele, AS PESSOAS COMEÇARAM A BATER PALMAS!!! HAHAHAHAHA Imagina a situaçãooo! Ele disse que nunca ficou tão envergonhado hahaha. Choro de rir quando lembro deles contanto isso!
Voltando ao nosso roteiro, finalizamos o dia dando uma volta pela Broadway e Times Square, que nos fez entender o porquê é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo. É surreal as luzes e a energia daquele lugar.
Depois do nosso segundo dia que fizemos tanta coisa que pareceu durar 48hrs, estava na hora de aproveitar mais do que 100% do nosso último dia inteirinho em Nova York.
Tínhamos a ideia de conhecer New Jersey, mas ao chegar na Penn Station para comprar os tickets a moça nos fez mudar de ideia: ela disse que não valeria a pena pois não tinha muito o que ver por lá.
Ficamos ainda pensando o que fazer, se arriscaríamos ou se seguiríamos com o restante do roteiro. Optamos por não ir até NJ e pegamos o metrô até Brooklyn.
É demais ver o contraste de Brooklyn e Manhattan. Nós ficamos no Heights Promenade apreciando a vista maravilhosa que o lugar oferece. Você consegue ver a Estátua da Liberdade e a apaixonante Manhattan. Eu, particularmente, achei que a vista do lugar só perde pela do Top of the Rock. É lindo demais e traz uma paz em meio ao caos.
Ficamos por lá para repor as energias enquanto decidíamos o que fazer em seguida. Aproveitando o wi-fi do local rs, liguei para a minha irmã para avisar que está tudo bem e ela deu uma sugestão: conhecer Coney Island. O parque estaria fechado (Luna Park), mas a prainha e o píer valem a pena a visita.
Demoramos cerca de 1 hora para chegar de metrô, mas ficamos encantados.
O que mais me chama atenção em Nova York são os infinitos contrastes que oferece. Coney Island nem parecia NY. Nos sentimos, na verdade, dentro de um filme do Nicholas Sparks sabe? rs Era o local perfeito para aqueles encontros românticos que vemos nos filmes! hahaha Não tenho o que falar, fiquei apaixonada e espero voltar um dia no verão para curtir ainda mais aquele lugar.
Depois de conhecer esse lugar apaixonante, voltamos para Manhattan atravessando a Brooklyn Bridge. Olha ela aííí!
No final da tarde, fomos direto para a Quinta Avenida e corremos para conhecer o MET (Metropolitan Museum of Art). Não conseguimos entrar pois já estava fechado para um evento, mas deu tempo de fazer a Serena e Blair nas escadas (quem já assistiu Gossip Girl vai entender)! Hahahaha
Logo depois, fomos andando pelas ruas de Nova York nos despedindo. Pareceu que ficamos uns 7 dias de tanta coisa que vivemos em tão pouco tempo. Se eu começar a compartilhar detalhe por detalhe, esse post não vai acabar nunca, mas prometo que quando eu fizer de cada dia vou contar cada coisa que acontecer (pegar o metrô errado, se perder no Central Park à noite, etc.).
E ah, não posso deixar de compartilhar o nosso jantar incrível: uma pizza gigante de apenas USD9 (dividimos entre os quatro e deu USD2,25 para cada). É muito amor pizza barata, né?
BÔNUS: No quarto dia, e oficialmente o último, deixamos nossas malas prontos e antes de fazer o check out corremos para visitar a Columbia University (O Obama estudou lá minha gente!!!). Era apenas uma estação de metrô do nosso hostel. Depois voltamos e fomos direto ao aeroporto embarcar para Orlando (que também terá posts no blog – to devendo tanto post que já perdi a conta rs).
PLANILHA: ROTEIRO E GASTOS
FINALMENTE a tão esperada planilha!!!!!
Eu não consigo me planejar para uma viagem sem colocar tudo na planilha, de verdade. Preciso visualizar o que vou fazer, como chegar, quanto vou gastar, etc. Mas calma: não sou tão doida tá? rs É só para não ir sem direção mesmo.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A PLANILHA!
A planilha tem duas abas: o roteiro de planejamento que fiz já com os gastos estimados e a aba do roteiro que realmente foi realizado e os gastos finais.
Sim, fiz tudo isso gastando apenas USD375,59 COM HOSPEDAGEM!
Por isso que digo: Só vai! Não é impossível.
Sobre a minha passagem, eu sempre faço uma série de pesquisas, mas começo cotando na Decolar. Em seguida, começo a ir para outros sites comparar os preços: Skyscanner, Copastur (onde meu pai trabalha), Submarino Viagens, os sites de cada cia aérea, etc. Realizo, no mínimo, cotação em 5 sites diferentes além de conferir no próprio site da cia mais barata. Por ser fora de época, consegui um valor muito bom na agência em que meu pai trabalha. Fiz Nova York e Orlando (08/04 a 20/04) por USD431 já com taxas, o que na época saiu em torno de R$2,000.
Já na pesquisa de hospedagens, sempre entro no Booking, Hostels e Airbnb. Sempre acabo fechando pelo Booking e com preços ótimos.
Fiquei no HI NYC em um quarto feminino compartilhado. Eram 8 meninas no total e o banheiro era compartilhado, ficava no corredor. Gastamos USD172 para 4 dias/3 noites.
O hostel é MUITO organizado, limpo, o banheiro (parte que me preocupa) mega limpo também e com secador rss. Não tenho o que dizer de negativo sobre este lugar, eu amei! Cada cama tinha sua própria luz (para não atrapalhar ninguém) e tomada! Além disso, eram tipo cabines no qual a pessoa ao lado não consegue ver você no travesseiro. Dá um pouco de privacidade 🙂
Já sobre os passeios, tivemos que escolher pois se fossemos em todos os lugares pagos nossa viagem low cost não teria dado certo rs. Escolhemos então a vista do Top of the Rock e super recomendo!
Agora em questão de alimentação… Não somos exemplo! rs Foi Mc Donalds, Subway, Starbucks, comida de rua, pizza… Só sei que eu me planejei para gastar USD150 e acabei gastando nem USD50! Dica: ande sempre com uma bolacha na bolsa e uma garrafinha de água.
Tudo isso vocês podem conferir assim que fizerem o download da planilha e começar a planejar a sua viagem! Para fazer ao estilo low cost, é só uma questão de estabelecer as suas prioridades.
Espero que tenham gostado do post e que a planilha ajude na viagem de cada um <3
Ainda tem muito mais por vir!
“Só os que se arriscam a ir longe demais são capazes de descobrir o quão longe se pode ir.” – T.S Eliot